sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ÁFRICA DO SUL: PARE O "ESTUPRO CORRETIVO"

O "estupro corretivo", uma prática horrenda de estuprar lésbicas para "curar" a sua sexualidade, se tornou uma crise na África do Sul.

Millicent Gaika (foto acima) foi atada, estrangulada e estuprada repetidamente durante um ataque no ano passado. Ativistas sul-africanas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent desperte mudanças. O seu apelo para o Ministro da Justiça repercutiu tanto que conquistou 140.000 assinaturas, forçando o ministro a responder ao caso em rede nacional.

Se muitos de nós aderirem, conseguiremos amplificar esta campanha, ajudando a conquistar ações governamentais urgentes para acabar com o "estupro corretivo". Vamos exigir que o Presidente Zuma e o Ministro da Justiça condenem publicamente o "estupro corretivo", criminalizem crimes de preconceito e liderem uma guinada crucial contra o estupro e homofobia no país. Assine a petição agora e divulgue.

Extraído de: www.avaaz.org.br

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Enfim um embaixador negro brasileiro!

BENEDICTO FONSECA FILHO, 47: MINHA HISTÓRIA

Depoimento a JULIANA ROCHA DE BRASÍLIA, na Folha, via Luis Nassif
Meu pai foi agente de portaria, um contínuo (…) O preconceito nunca se apresenta claramente. No campo das relações humanas, você nota reação positiva ou negativa (…) É preciso que haja ações afirmativas (…) Eu não me beneficiei de nenhuma política. Na minha época, isso não havia.
    
Filho de um contínuo, Benedicto Fonseca Filho, 47, foi promovido em dezembro a embaixador, o primeiro negro de carreira. E o mais jovem. Passou por Buenos Aires, Tel Aviv e Nova York. Vai chefiar o departamento de Ciência e Tecnologia. Ele declara orgulho de ser negro e filho de pais humildes que o educaram para chegar ao topo na casa mais aristocrática do país.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Escola de samba é alvo de ataque racista

"Oxente, o que seria da gente sem essa gente? São Paulo: a capital do Nordeste." A escolha do samba-enredo da Acadêmicos do Tucuruvi, que fala sobre o povo nordestino que mora na cidade de São Paulo, fez com que a escola recebesse oito e-mails anônimos preconceituosos.

"Três deles foram graves, insultando o povo nordestino", afirma o presidente Hussein Abdol El Selam, o Seo Jamil. Em uma das mensagens, a pessoa diz ter nojo do samba e sugere que a escola desfile o enredo no Nordeste. "Registramos um boletim de ocorrência na Decradi [Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância] sobre um e-mail e amanhã [hoje] vamos registrar outro", diz. A polícia deve instaurar inquérito para investigar o caso.

"Me mostre onde a capital do Nordeste é São Paulo. Vocês deveriam ser proibidos de desfilar numa avenida da minha cidade com um enredo nojento e racista desses", diz um dos e-mails recebidos. "Esse samba enredo desrespeita o Estado, que carrega esse lixo de país nas costas", afirmava outra mensagem.


 O samba-enredo
“Oxente, o que seria da gente sem essa gente? São Paulo: a capital do Nordeste"

Sou cabra da peste, vim lá do Nordeste
São Paulo é minha capital
Levando alegria, eu vou por aí
Eu sou valente, sou Tucuruvi


Vou embarcar nessa aventura
Em busca de um lugar ao sol
Trago no peito desafio e esperança
Na bagagem a lembrança,
sonho ou realidade.
Vou construindo ilusão,
erguendo os pilares da cidade,
deixando marcas da minha tradição:
Ao som do tambor, a fé em louvor, religião
“Oxente” festeira, acende a fogueira, é São João

Vem, vem provar
O sabor que vem de lá
Esse gosto, esse tempero
é de fato brasileiro.
Da sanfona um acorde tocou forte o coração
Olha o povo dançando pra lá,
arrastando a sandália pra cá,
o forró ta danado de bom
Um sorriso é a moldura do meu traço cultural
Quando a gente se encontra, a mistura é natural.
Carrego na alma a bravura
e o orgulho de ser quem eu sou
Vai meu samba, vai! reconheça o meu valor!
 
Fonte: com informações de Agora São Paulo e Brasil Atual