terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Bacharel em direito da Zona Sul do Rio é investigado por racismo

Polícia Civil divulgou textos que acusado postava no Facebook. Ele é suspeito de insultar pobres e negros através do site.

A Polícia Civil cumpriu, nesta terça (28), um mandado de busca e apreensão na casa de um jovem bacharel em direito, de 26 anos, acusado de usar o site de relacionamentos Facebook para insultar e demonstrar preconceito por pessoas que visitam a árvore de Natal da Lagoa, na Zona Sul do Rio.

Durante o início da tarde desta terça, o delegado adjunto da 14ª DP (Leblon), Alessandro Thiers, colheu o depoimento do acusado. A polícia chegou até ele através de denúncia anônima.


"Fomos na casa dele e apreendemos computadores. Constatamos que ele fazia muitas referências racistas mesmo. Durante o depoimento ele disse que não tinha a intenção de agredir ninguém e que era uma brincadeira entre amigos. Fica de lição para as pessoas saberem que precisam ser responsáveis pelo que falam nas redes sociais", afirmou o delegado.

Segundo ele, outras pessoas que também faziam comentários racistas serão chamadas à delegacia para prestar depoimento. "Continuaremos investigando. Como ele não foi preso em flagrante, responde o processo em liberdade", afirmou.

Apreensão
A polícia apreendeu um computador e um notebook na casa do jovem, de onde ele acessava o Facebook. Além disso, foram apreendidas miniaturas de tanques de guerra, soldados nazistas e um boneco de Adolph Hitler.

O bacharel em direito também é estudante de educação física, e vai responder por injúria racial e pode ser condenado a uma pena de dois a cinco anos de prisão.

A polícia divulgou ainda alguns trechos do que era postado pelo jovem no site de relacionamento:

“Ai, ai, é impressionante o mau-humor e a inveja de pessoas que moram mal pra ****, onde tudo é feio, essas mesmas pessoas devem achar um grande programa visitar a árvore de Natal da Lagoa, que fica apenas 1 minuto da minha casa, e que eu nunca perdi nem 10 segundos olhando para a mesma”.

“O mal-humor está além de seus bairros de origem, está em renegar sua genética, cabelo ruim, sorriso horrível, baixa estatura e baixo nível sócio-cultural. São feias por natureza, já nascem com 20% de gordura na cintura, não tem dinheiro nem pra ir pra São Paulo”.

“E tudo que tem na vida é um empreguinho de ****. Graças a Deus, em pouco tempo estarei longe dessa gentalha e dessa cafonice. Deus nos livre dessas pragas cafonas, nós, pessoas de bem, que nascemos bem, que tivemos educação e uma ótima genética.

Fonte: g1.globo.com

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